Excursão Planeta Mergulho Ilha da Páscoa & Tahiti 2015
Dividimos este relato da viagem Tahiti & Ilha de Páscoa em duas partes. Esta parte diz respeito as nossas aventuras na Ilha de Páscoa.
Os misteriosos Moais, estátuas de pedras com média de 4 metros de altura e 14 toneladas de peso, ficam em silêncio, mas mesmo assim falam sobre as realizações de seus criadores: os Rapa Nui! Eles provavelmente empreenderam gigantescos esforços na construção e movimentação destes monumentos ao redor da Ilha da Páscoa. Não existem escritos sobre esse tempo e a quantidade de história oral é pequena e assim não é possível ter certeza dos motivos e dos meios de construção dessas fantásticas estátuas. Estudiosos suspeitam que os Moais foram criados para homenagear antepassados, chefes, ou outros personagens importantes.
Na tentativa de saber um pouco sobre este mistério e também para explorar suas límpidas águas, em fevereiro de 2015, um grupo de mergulhadores da Planeta Mergulho esteve na Ilha Rapa Nui, também conhecida como UMBIGO DO MUNDO. Descobrimos que uma sociedade polinésia floresceu neste local improvável depois de almas resistentes terem navegado em canoas de madeira para esta minúscula ilha na vastidão do Oceano Pacífico. Aqui, em isolamento cerca de 3.700 quilômetros a oeste da América do Sul e 1.770 quilômetros da ilha vizinha mais próxima, a cultura Rapa Nui desenvolveu sua arquitetura e arte, cultura essa que atingiu o seu apogeu durante o século 16, quando cerca de 900 Moais foram construídos e distribuídos em toda a ilha.
Os turistas de hoje, como nós, são numerosos, eles visitam a pedreira Rano Raraku, de onde saíram às pedras usadas para quase todos os Moais da ilha. Nesta pedreira podemos apreciar cerca de 400 estátuas e todas as suas fases de conclusão, além de entendermos como era feito o seu transporte. Muitos Moais espalhados pela ilha estão se deteriorando ou sofrendo com os Tsunamis. Elas são feitas de pedra vulcânica que está sujeita a intempéries, e são necessários esforços de conservação intensivos para ajudar a preservar o legado de pedra Rapa Nui.
Outra atividade que realizamos foi o mergulho, já que a ilha possui características singulares, ela repousa sobre uma ampla cordilheira vulcânica submarina que abriga 144 espécies de algas e 111 espécies de peixes tropicais e pelágicos e 6 espécies diferentes de corais crescem em águas rasas ao redor da ilha, embora não haja recifes de coral. Cerca de um quinto de toda a flora e fauna marinhas é endêmica, ocorre somente neste local.
Visibilidade aqui pode exceder 40 metros, mergulhadores do mundo inteiro parecem concordar que a Ilha de Páscoa oferece experiência única de mergulho como as espetaculares ilhotas chamadas de Motu Nui na costa sudoeste da ilha. Tivemos a oportunidade de fazer dois mergulhos com a operadora Mike Rapu em águas com temperatura média de 26 graus e podemos afirmar que as formações de corais e a visibilidade são únicas. Um dos pontos que exploramos se chama Moai Submerso, que é um ponto tradicional, onde um Moai foi construído especialmente para virar uma das grandes atrações submersas da Ilha.
Outra atração que é imperdível são os shows de música e dança Rapa Nui, que tivemos a oportunidade de apreciar na nossa última noite na ilha. A grande maioria das músicas e danças são de origem polinésia. As danças ancestrais Rapa Nui se perderam ou foram incorporadas e são dedicadas aos deuses, espíritos guerreiros, a chuva ou o amor.
Lenda do Homem Pássaro.
O principal deus da cultura Rapa Nui é Makemake, o criador da atmosfera, levou uma ave marinha semelhante a uma andorinha as três ilhotas íngremes localizadas no mar logo abaixo da aldeia de Orongo. Desde então, o manu-tara têm vindo a estas ilhotas cada primavera para chocar seus ovos. Os ovos desses pássaros são vistos como símbolos da vida, fertilidade e poder. Estas aves são muito agressivas e, muitas vezes roubam os ovos de outros pássaros. Esta agressividade parece que era admirada pelos Rapa Nui, que a consideravam um sinal de coragem.
Um homem cabeça de pássaro, chamado de tangata-manu, era o representante do deus Makemake. Isso acontecia porque, para os Rapa Nui, as aves planadoras que sobrevoam a superfície do mar agitado possuíam poderes divinos. Eles pareciam, assim, considerá-las deuses do resgate, capazes de direcionar os habitantes da ilha à terra e aos locais onde eles poderiam pegar peixes. O tangata-manu era adorado por sua força e poder espiritual. O ritual para se tornar um homem pássaro era extremamente árduo e se caracterizava por uma corrida de caça ao ovo do manu-tara.
Na primavera, quando o primeiro manu-tara chegava, um representante de cada tribo, que podia ser o chefe ou um substituto (chamado de Hopu) descia o penhasco íngreme para o oceano, onde enfrentava correntes fortes e tubarões vorazes. Ele tinha que nadar para as ilhotas, com a ajuda de pequenas jangadas, mas muitos competidores morriam nessa caminho. Ao atingir as ilhas, para obter o primeiro ovo, eles tinham que esperar em pequenas cavernas, às vezes por dias. O Hopu que pegasse o primeiro ovo, devia nadar de volta para o penhasco e retornar para a vila de Orongo. Em reconhecimento ao seu ato de coragem, o vencedor se tornava o tangata-manu pelo período de um ano, recebia o direito de se casar com uma virgem e o chefe da sua tribo se tornava o governante da ilha.
Após 3 maravilhosos dias na ilha da Páscoa nós partimos para o Tahiti, esse caminho representa a trajetória oposta feita pelos polinésios que saíram das suas Ilhas para colonizar a Ilha da Páscoa.
Grande abraço a todos e bons mergulhos!!!
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