Em março de 2012 o novo destino do PLANETA MERGULHO foi as ilhas remotas de Mabul, Kapalai e Sipadan. O guia, Bryan Parsleyjá tinha feito a pesquisa lá no ano passado e juntos montamos a viagem para este paraíso de mergulho.
As ilhas se localizam num ponto no extremo oeste da ilha de BORNEU que pertence à MALÁSIA. No “Mar de Corais”, que cerca as ilhas, tem uma rica mistura de fauna marítima que vem dos oceanos Índico e Pacífico e sua topografia submarina atrai enormes quantidades de peixes e espécies exóticas em um só lugar. Principalmente em SIPADAN, que é considerada entre os 10 melhores locais para praticar mergulho no mundo, a sua formação no fundo do mar é responsável por trazer grandes cardumes e tubarões para esta região. Sipadan é um vulcão extinto, com menos de 10 metros de distância da praia, tem um precipício que desce a 600 metros de profundidade e as correntes marinhas que sobem do fundo trazem os nutrientes para os recifes em volta da Ilha.
Para chegar em MABUL, a ilha onde ficamos hospedados, já é uma grande aventura. Saindo diretamente do Brasil, a viagem dura quase 3 dias sem parar ... envolvendo avião, rodovia e barco. Ficamos hospedados por 06 noites em Mabul e fizemos 22 mergulhos no total, aliás é importante dizer que em Mabul e também quase toda esta região não tem nada para fazer a não ser mergulhar!
Começamos com uns mergulhos “light” em volta da ilha de Mabul, pois Sipadan é considerado um local para mergulho avançado e tem regras rígidas sobre o mergulho lá, e, portanto, temos que fazer um tipo de “check-in” para ver se estamos prontos para Sipadan. A ilha de Mabul oferece um pouco de tudo: mergulhos com paredes, recifes e até “muck diving” para encontrar pequenas e estranhas criaturas como as centenas de espécies de nudibrânquios que tem por lá.
No segundo dia dividimos nosso grupo de 12 mergulhadores em 02. O primeiro grupo foi para Sipadan e o segundo grupo foi para a ilha de Kapalai, pois Sipadan só permite 120 visitantes/dia divididos entre as operadoras de mergulho. No dia seguinte trocamos os grupos e assim todo mundo pode mergulhar em Sipadan.
Além de Mabul e Kapalai (que não é considerado como uma ilha, é apenas um banco de areia) vistamos a ilha de Siamil e também um ponto distante em alto mar chamado “Manta Point”. Siamil tem uma praia do tipo cartão postal com coqueiros na beira do mar, um pouco rústico demais, mas lindo mesmo assim. Manta Point foi uma grande surpresa, um recife de corais moles lindíssimo e muita vida macro para apreciar, infelizmente não vimos as mantas que deram seu nome ao ponto de mergulho!
O dia-a-dia em Mabul e Kapalai era assim: 02 mergulhos de manhã e 01 mergulho depois do almoço. Todos os mergulhos foram em estilo “multi-nível” menos 01 que fizemos numa antiga plataforma de petróleo que tem uma profundidade de 17metros. A visibilidade mudava conforme o ponto entre 12 e 20 metros e a temperatura da água era sempre 28ºC. Em Sipadan o dia começava mais cedo, saíamos as 07:00 de Mabul chegando em Sipadan em 40 minutos. Fazíamos um mergulho e voltávamos sempre para o píer para relaxar. Tomávamos um segundo café da manha e seguíamos para nosso segundo mergulho, depois de chá e bolo chegava a hora do terceiro mergulho e por último o quarto mergulho depois de almoçar... ou seja, foi comer – mergulhar – comer e mergulhar! Vida bem difícil !!!
Os mergulhos em Sipadan realmente são especiais, não tem ponto ruim!! A visibilidade é entre 20 e 25 metros e é o lugar de encontrar os tubarões, especialmente os tipos “galha branca” e de “recife cinza”. Também tem tubarão martelo, mas nós não tivemos o privilégio de ver estas criaturas tão ariscas. Em um mergulho vimos pelo menos 20 tubarões galha branca, 6 tubarões de recife cinza, inúmeras tartarugas, Napoleão, arraia xita e imensos cardumes de peixes. Sipadan tem mergulhos que exigem um pouco mais do que o normal: as paredes têm pelo menos 100 metros de queda livre e, portanto tem que sempre cuidar da profundidade. Também é um local onde tem correntes, apesar de que não enfrentarmos correntes muito fortes este ano. Como o local é um parque, não pode tocar em nada, principalmente porque aqui tem recifes totalmente intactos e um pequeno descuido poderia destruir um belo coral em segundos, fora a questão de se machucar!
Cada dia depois dos mergulhos descansávamos no resort em Mabul. Mabul tem apenas 800m por 800m e tem várias comunidades de pescadores. Fora os 04 principais resorts na ilha, não há restaurantes ou outros locais para visitar. O local é muito rústico e simples e por isso recomendamos para pessoas que podem se adaptar a estes locais. É o preço que pagamos para ter o privilégio de mergulhar num local tão bom.
Depois de 07 dias de mergulhos voltamos com 02 paradas obrigatórias: a primeira em Kuala Lumpur para conhecer a cidade e principalmente as torres gêmeas “Petronas” e depois 03 dias em Bangkok para fazer turismo, compras e descansar um pouco antes de seguir para casa. O pessoal conheceu o Palácio Real, Wat Pho com uma imagem do Buda deitado com 55m de comprimento, o mercado flutuante e o mercado Chatuchak, o maior mercado do sudeste da Ásia.
No total foram 18 dias de aventura, 22 mergulhos e muitas fotos para contar a história.
Fotos e texto: Bryan Parsley
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